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domingo, 11 de dezembro de 2011

Altos e baixos voos

Estou em Fortaleza, capital do estado do Ceará, no Brasil...quem faz do comércio o seu ganha pão, ou já visitou ou pelo menos ouviu falar...o resto, passeando, ou como eu, por não ter outra soluçao...
Esta é a ultima etapa dos dois dias de viagem desde Cochabamba, três horas e cinquenta minutos...as mais cansativas de todo o trajecto - aturando nas alturas... os mais "baixos astrais"...

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

O fantasma das ruas passadas

De ferias em Cabo Verde, em Dezembro de 2010, e visitando algumas caras novas vejo-me percorrendo a nossa mais nova pedonal, outrora caótica “Rua do mercado”...

De imediato como é meu habito “vejo” o espaço cheio de vida, ao meio dia a fadiga das vendedoras correndo dos fiscais, as donas de casa atarrefadas de compras para o almoço, esplanadas ao entardecer repletas de politicos e poetas de ocasião... E por fim, aquele ensurdecedor silencio, ao cair da noite no plateau.

Percorro a rua de norte a sul, e novamente de sul a norte... Algo me impacienta, deixo-me de visões e poesias e começo a pensar em metros, recuos, fachadas, sombreamento, cardo maximus, decumanus... Das minhas visões directo á realidade, deparo-me com um... Dois... Tres... N Ficus benjamina... Lindas árvores, bem populares em Cabo Verde ultimamente...

Na minha mente  “revejo-me” na velha 5 de Julho, movimentada e suja desta vez a viajem não é tão romantica nem agradavel, para não querer voltar a realidade. Vejo uma rua bem caricata, carros e gente amontoada, peões nas estradas, carros nos passeios...
Vivo o pesadelo do urbanista... Algo me desperta, de volta a minha nova realidade, bem mais agradavel... E comoda... Uma pedonal construida numa antiga rua de alguns edificios historicos protegidos  vocacionada a medio prazo quiça para o comercio e a vida nocturna.

Arrebata-me a imaginação... É meio dia estou em pé em frente ao Vilu, um sol de rachar a cuca. Devo estar em meados de abril, penso.
As calçadas já não tão brilhantes, gastas pelo tempo... Imagino a ginastica que deve ser equilibrar-se para desviar-se das topadas. Os ficus já bem crescidos, provavelmente terão os seus seis anos, cobrem as montras, abraçam as fachadas e racham as calçadas  com suas raizes fasciculadas.

Um sol de “rachar a cuca”, eu no meio da pedonal... Comingo nem vivalma... Forasteiro neste tempo  estranho, depressa aprendo que devo buscar a sombra dos ficus, e amontoar-me com os demais mortais atarefados nas compras, as vendeiras fugindo dos fiscais, as donas de casa...

Começando a bloguear...

Começando a "bloguear", francamente tenho grandes expectativas!

Amanhã, de madrugada, começo a viagem de regresso ao meu Cabo Verde, esperam-me a minha esposa, os meus filhos, meus pais, enfim, espera-me a cidade que me viu nascer...
Já tracei uns quantos planos, passar mais tempo com os meus filhotes...penso começar o meu livro...uma odisseia em versos, um regresso ao passado...os descobrimentos aos olhos do negro, do mouro e do "soon to be" cabo-verdiano.
...Vejamos no que dá.